MENSAGENS AO MEU AMOR
Aqui encontrarás trechos de algumas mensagens escritas
por Luis Abisague à sua amada.
"
Talvez você não entenda o que é solidão….
Ou até você possa ser uma dessas pessoas, que está rodeado/a
de pessoas e vive mais só que Jesus no Calvário. Mas se tem
sorte de pertencer à primeira categoria, talvez não entenda
o que é estar só e abandonado sem familiares e amigos, uns
vergados aos desajustes da vida, auto abandonaram-se e voltaram as costas
a tudo e a todos. Outros, vítimas dos interesses egoístas
e falsas amizades, sofrem também na pele as agruras do desamor. Nunca
a informação foi tão célere, podemos presenciar,
ver e ouvir ao vivo em qualquer parte do mundo, um acontecimento em tempo
real. Mas nunca a sociedade foi tão solitária, preocupasse
com tudo sem se preocupar com ninguém.
Esteja em que grupo estiver. Acredite que nós não passamos
de anjos de uma asa só, e para tal águia voar sobre as montanhas
da esperança e da felicidade em busca do nosso sonho e da fantasia
é necessário duas asas…caso contrário ficaremos
perdidos dentro de ínfimas quimeras que estão para além
do horizonte.
Sem perder a esperança, oro a Deus pela dádiva da amizade
e desejo que cada um possa encontrar a outra asa sua perdida algures. ”
Leia abaixo trechos de mensagens de amor para o
Meu Amor:
"Oh Meu amor! Ainda há pouco nos separámos
e já tenho tantas saudades tuas.
Queria que estivesses aqui a meu lado para te dizer o quanto te amo e o
quanto tu és importante para mim.
Oh meu amor! Toda a minha alma brama, implora e suplica por teus braços
que ainda há pouco, tais lianas de amor, envolviam e acariciavam
meu corpo, segurando-me e protegendo-me.
Necessito de ti para viver como a abelha necessita do néctar para
fazer o mel.
Sem ti a nossa cama macia torna-se um espinhoso inferno, a noite torna-se
sinistra, as estrelas não brilham no céu, o luar não
existe e o sol transforma-se numa pálida mancha no infinito.
Meu amor, corre para mim… vem usufruir do meu colinho…
Sem ti todo o meu ser chora
E quando minha a alma por ti chora, é como se mais nada existisse,
até parece que morreu a aurora, sem que ao funeral eu assistisse
ou, como que envolto em poeira, tivesse o sol partido do universo e arrastasse
para a minha beira, tudo o que o mundo tem de mau e perverso. Não
me deixando ver o céu anil, onde a lua dança com magia, levando
todos os meus sonhos mil, eu entregue ao meu próprio fadário,
perco a esperança e a fantasia, fico perdido neste meu calvário.
Sem ti as estrelas do céu perdem o brilho... Porque tu és
luz que dá brilho à minha vida… Tu és o meu Sol.
Minha musa, minha Cinderela, minha Sereia, minha cara de Lua Cheia, meu
amor…”
“Eu amo-te por aquilo que és e não por aquilo que eu
gostava que fosses. Não te amo pela tua cor, nem pelos teus lindos
cabelos nem pelos teus dentes perfeitos, nem pelo teu lindo rosto nem pela
cor dos teus olhos. Também não é pelos lábios
doces e suaves que tens, nem pelos seios imaculados. Nem é por todos
os atributos em que és tão eficiente, bem menos seria pela
tua teimosia…
Nesta altura hás de perguntar, então porque é? Bem
podes fazer apostas, consultar bolas de cristal, cartomantes ou gurus…
e se queres uma resposta minha, vais ficar sem ela, porque eu também
não sei! A única coisa que sei é que o teu cheiro e
o teu charme me perseguem dia e noite. Se estou a trabalhar, é para
ti que trabalho. Se durmo e sonho, tu és a razão de todos
eles. Embora estejas tão distante, sinto-te tão presente e
quando sentado cochilo, imagino-te no meu colo, presa entre os meus braços
enquanto todo o meu ser te deseja. Se caminho, no meu imaginário
segues ao meu lado…” És a razão do meu viver.
Talvez não te consiga transmitir o quanto és importante para
mim. Todo o meu ser gravita na tua órbita. Se tu ris de felicidade,
eu por isso sorrio também. Se tu choras, todo o meu ser chora. Posso
até expressá-lo, mas minha alma mortifica-se se sei que enfrentas
dificuldades."
“Amo-te e ponto. Não sei como nem porquê, só sei
que gosto de usufruir da tua companhia e sinto-me muito bem, junto de ti.
Não consigo conceber minha vida longe de ti. Tu és o sol que
aquece e faz crescer todo o meu ser, a água que sacia toda a minha
sede de amor… és assim um tipo de água no deserto…”
“Quando me apercebi que te amava com toda a minha força, com
toda a minha alma e com todo o meu entendimento, comecei a pensar…"
“Pela minha parte, tudo farei para poder ser o príncipe que
tu ambicionas. Como sabes, não te poderei dar riquezas ou uma vida
faustosa, a única coisa que te posso dar é todo o meu ser
e nada mais tenho para além disso, por isso, amo-te, amo-te, amo-te,
amo-te… E amar-te-ei eternamente….”
“Com o correr do tempo, a tua invasão pacífica na minha
vida acabou por transformá-la por completo. Essa invasão abriu
meus olhos e meu coração para um horizonte novo e um futuro
mais risonho, quando estava prestes a guardar no escaninho, as fantasias
e ilusões que ainda acalentava e perdidamente deambulava no purgatório
da descrença de que o amor na verdade existe, com tudo aquilo que
ele tem de melhor.
Desde então, os sinos da minha alma repicam em melodiosa canção.
Toda a alegria e toda a felicidade que um ser feliz pode exalar. Não
imaginas como eu gostava que meu coração fosse um livro, ao
qual tu pudesses folhear e ler o quanto estou grato a ti e o quanto te amo.
Tal sentimento tão doce e tão agradável, não
se pode expressar em meia dúzia de pobres gatafunhos, com que uma
pessoa iletrada como eu conspurca o papel imaculado,… "
O PORTO DE ABRIGO
Agora, são tão longas minhas noites
Que nelas não enxergo a linda aurora,
Fustiga-me com seus fortes açoites
Esta saudade imensa que devora.
Ao ver o teu lugar aqui vazio
Não tenho nada mais que me acalente.
Meu coração tão só sente-se frio
Porque partiste assim, tão de repente.
Preciso dos teus beijos, teus abraços
E do teu corpo pleno de calor.
Volta p’ra mim, domina-me os cansaços!
Eu quero partilhar meu lar contigo,
Dizer-te como é grande o nosso amor,
Fazer de ti o meu porto de abrigo!
FAVOS DE MEL
Ai meu amor quantas saudades tuas!
É que esta solidão é bem maior
Quando as minhas palavras ficam nuas
E eu, pobre mortal, escambo em dor
E em vão eu te persigo, te procuro
No escuro dessas horas mais incertas
E aqui, no labirinto mais obscuro
Eu canto como cantam os poetas
Ai! Se algum dia o engenho e a arte
Comigo repartissem uma parte
De que eu preciso para te escrever
Eu gravaria aqui, neste papel,
Palavras doces, tais favos de mel
Com que adoçava todo o teu viver
VIVO POR TI
Como é possível teres na cabeça
Ainda que em inútil confusão
Que por motivos fúteis aconteça
Um dia terminar esta paixão
Ela me torna humilde escravo teu
A quem eu sirvo assim, devotamente,
E o meu viver que já não é só meu
Por tua vida vive alegremente
Se tal acontecesse qualquer dia
A minha vida agora a renascer
E envolta neste enleio de alegria
Iria perecer… Vivo por ti
Pois descobri que todo o meu viver
Quis renascer no dia em que te vi
ROSA SEM ESPINHOS
Agora eu sei, mulher da minha vida ,
Que te amo muito p’ra além do meu ser
E não me deixes nesta dor sentida
Mas vem ouvir o que te vou dizer...
E lado a lado, faremos poemas,
Com arte pintaremos nossa vida,
E rosas sem espinhos, serão temas
P’ra toda esta ternura desmedida.
Cantemos a mais bela melodia
Que nos ensina a amar em cada hora
E torna a nossa vida tão diferente
E se quiseres dar-me essa alegria
Vem viver esta fantasia agora
E eu amar-te-ei eternamente.
A LUA CHEIA
Tu és a linda flor do meu jardim
Que um dia, sem querer eu encontrei
És rosa, margarida, até jasmim,
Qual açucena, lírio nem eu sei…
Tu és camélia ou mesmo malmequer
Que pelo imenso vale se estendeu,
Mas podes ser uma outra flor qualquer,
A quem este cativo se rendeu.
Mas se às vezes és um girassol
Que para o astro rei sempre se inclina,
Eu embaído sigo o mesmo sol
E dentro desse sonho que me enleia,
Em cada rua e em cada esquina
Em ti, sinto o brilhar da lua cheia
A SAUDADE
Quero falar-te, amor, quero falar
Da dor que me retalha todo o peito
E dessa ânsia de poder estar
Abraçadinho a ti, no nosso leito
Desejo meu, desejo que não vejo
Ser mais real, será que te perdi?
Não pode ser que esse meu desejo
É meu ensejo desde que te vi!
E todo esse calor do teu regaço
É para mim remédio p’ra curar
A dor que me provoca tal cansaço
Sei que não foi há muito tempo ainda
Que a vida nos levou a separar,
Mas sei que esta saudade é dor infinda.
AS SARDAS
As tuas sardas te fazem diferente,
Escondem um sorrir cândido, leve
Que causam tanta inveja a tanta gente
Que não se compreende nem percebe.
E quando eu as beijava ternamente
Espalhadas pela face, me senti
Como se fosse um príncipe eloquente
Que, apaixonado, só te via a ti.
Preguem-me à cruz em todos os calvários,
Noite após noite, eu sofra meus fadários,
Se algum dia eu puder te esquecer
E venham marinheiros ou corsários,
E tempos vis, daqueles mais precários,
As sardas lembrarei até morrer.
SEM MÉTRICA E SEM RIMA
Vou pôr de lado a métrica e a rima
Evitar regras e outras convenções
Não quero que nenhuma norma oprima
Meus puros sentimentos e emoções
E vendo o que é errado ou que está certo,
Quero falar-te agora desse amor
Que te vou dar quando estiveres
perto
E então possa cantá-lo com fulgor
Teu lindo rosto quero ver sorrir
Como se foras ainda uma criança
Que pode no jardim se espavorir.
E, envolto em sonhos cheios de esperança ,
Eu quero, amor, contigo repartir
Esta paixão imensa que não cansa.
MEUS DIAS
Se tu soubesses como são meus dias
Quando não estás aqui perto de mim!
É que essas horas tão longas e frias
São como a neve que cai no jardim
Se tu soubesses o quanto em ti penso
Nas horas mais amargas e sombrias!
Que estranho sentimento que eu não venço
Ainda que no meio de magias
Só resta este silêncio, sempre triste
E aquela dor que o é mesmo sem ser,
Qual lapa que se prende e que resiste!
E já não sonho, não quero viver...
Por isso, amor, minha alma não desiste
Porque sem ti não sabe mais viver!
MELHOR QUE SORVETE
Já nada há que tenha essa pureza
Que há no sentimento do amor,
Parece ser um dom da natureza
Que nasce em nós como nasce uma flor.
Às vezes faz de nós meros mendigos,
A caminhar pelas sendas mais incertas
Onde nós enfrentamos grandes perigos
Que deixam muitas feridas abertas…
Ainda há quem insista e bata o pé
E diga que ele é um diabrete
E não passa da ideia mais bacoca…
Mas que isso é muito bom lá isso é
É bem melhor do que qualquer sorvete
Que aos poucos se desfaz na minha boca.
NÃO GOSTO
Não gosto dessa chuva miudinha
E nem sequer engraço com calor,
Também não gosto se de manhãzinha
Não posso dar-te um beijo, meu amor
E quando me levanto, ainda bem cedo,
Seja no verão ou mesmo no inverno
Afasto o sentimento de ter medo
Que trago como sentimento eterno.
Não gosto do frior que me rodeia
Nem da inclemente neve que aqui cai
E muito menos da luz da candeia.
De ti, sim, gosto tanto, meu amor,
Que tudo me seduz, alenta, atrai,
Quer seja na saúde, paz ou dor
UM DESEJO LOUCO
São onze e meia desta terça-feira.
Enquanto tomo o meu pequeno-almoço,
Aqui na desengonçada cadeira
Meu corpo já se sente em alvoroço
Vê bem, amor, espreita para além
Alguém que ali se perde numa dança
Talvez não conheçamos esse alguém
Que se diverte como uma criança
Sei lá se é bom ou mau, seja quem for
Apenas vem trazer-me maior dor
Que em tua ausência tem surgido.
Que posso, na verdade, então fazer
Se para mim apenas faz sentido
Esse desejo louco de te ver.
DOCE AMOR
Ai, como é grande e forte o doce amor
Que todo este meu corpo por ti sente
Ai, se eu pudesse dar-lhe forma e cor,
De todos os demais era diferente
E quando tu de mim estás ausente,
Toda a saudade fosse como tinta,
Sei bem que ela seria transparente
Na mente de quem sua musa pinta.
Então, pintava o mundo em novo tom
Na mais singela folha de papel
Que transmitisse a ti um lindo som…
Depois, sentado num nobre corcel
Teria um lindo rosto ali pintado
Co’as cores deste amor, em todo o lado!
MÃOS DADAS
Quem sabe se talvez ainda um dia
As nossas almas se cruzem algures
E escreva numa linda poesia
A música que insisto que procures
Vejamos o melhor que há em nós.
E então, meu doce amor, os dois seremos
Uma só alma, apenas uma voz
Que de mãos dadas juntos cantaremos.
Será essa a mais linda das canções
Que o mundo ouviu e para nós vai ser
A união de nossos corações…
E nessa hora, seja aonde for,
Numa só carne, os dois vamos viver
A história mais sublime do amor.
A PRIMEIRA VEZ
Quando pela primeira vez te vi,
Estavas tão bonita e imponente.
Que só então, feliz, me apercebi,
Que tu, entre as demais, eras diferente…
Eu nem sequer queria acreditar,
Que tudo aquilo estava acontecer.
E fiquei mudo, quase sem falar,
E tanto que teria p’ra dizer!
Momento de emoção ali o tive,
Que ainda agora nem sei descrever
E nem sequer as lágrimas contive.
Não sei se foi apenas por te ver;
Só sei que esse momento tão diferente
Me fez gostar de ti, eternamente!
O SENTIMENTO DO AMOR
Estive toda a tarde a procurar
Uma daquelas tão fortes razões
P’ra descobrir razões para te amar
Mas entre todas as cogitações
Só encontrei mais vivas as lembranças
Desse prazer que sinto junto a ti
Dos nossos sonhos, ingénuas crianças,
Trazendo coisas lindas que vivi
Será que isso é tal conto do vigário
Que num momento surge como praga
Ou simples descrição de dicionário
Que tão maldosamente nos aldraba?
Pode ser sonho, seja como for,
É bom o sentimento, puro amor!
O ETERNO AMANTE
Naquele dia lindo em que te vi
E fascinado olhei para os teus olhos
No seu intenso brilho descobri
O bálsamo p’ra todos meus abrolhos
E a partir desse momento eu
Mudei meu ser, tornei-me outra pessoa,
Deixei de ver à minha volta o breu
Que pelo mundo me levava à toa
E decidi seguir por outra trilha
Que me mostrou diferentes os caminhos
Que levam para a estrela que mais brilha
E desde então como alguns passarinhos
Desejo ainda que por um instante
Ser p’ra ti o eterno amor, amante!
A OITAVA MARAVILHA
Ai se eu fosse um pequeno passarinho
E todo o ano fosse primavera
Suave, como o pêlo dum arminho,
E esta vida não fosse quimera
Eu cantaria ao mundo a cada instante
Essas canções bonitas de que gostas,
Depois, pensando em ti, devoto amante,
Percorreria vales e encostas
E gritaria ao mundo sem enganos
Que és p’ra mim a estrela que mais brilha
E peço a Deus que o seja em muitos anos.
E a todo o mundo, assim, convictamente,
Contava que tu foste esse presente
Que fez de ti a oitava maravilha.
OS MOMENTOS QUE VIVEMOS
Ainda que não mais te volte a ver
Seguindo por caminhos tão diferentes,
Eu quero em pensamento percorrer
O brilho desses olhos ora ausentes
Eu sei, mais cedo ou tarde assim será
Desejo com a mais pura verdade
Poder dizer oh meu amor vem cá
Para matar a minha saudade
Devolvendo-me aqueles bons momentos
Que em comunhão os dois aqui vivemos
E sem rancores, sem quaisquer lamentos
Recordarei o quanto que eu te quis
Aqueles bons momentos que vivemos
E o tempo em que contigo fui feliz
SE O TEMPO ME DESSE ASAS
Apenas faltam sete longas horas
Para de novo estar em nossa casa
Naquele quarto, eu sei, que tanto adoras -
Quem dera que o tempo me desse asas…
Então, veloz, voava como a luz
Co’a energia imensa lá do sol…
Porque sem ti já nada me seduz
E o tempo é lento como um caracol
Eu volto sem desejo de voltar
E vivo sem querença de viver
Se olho o quarto tão vazio assim
Eu sinto uma vontade de chorar
Co’uma saudade imensa de morrer
Que aumenta mais e mais dentro de mim
O GRANDE AMOR DA MINHA VIDA
Queria por palavras muito minhas
Poder dizer-te o quanto que eu te amo
E que tu visses nessas entrelinhas
Que só tu és a musa por quem chamo
Queria que soubesses só por mim
Que tu foste a mulher que mais amei,
E sei que ninguém pode amar assim
Pois tal não é possível, bem o sei!...
Mas uma coisa eu sei e muito bem
Posso dizê-lo sem medo de errar:
Caminhe eu por onde caminhar
Acompanhado ou mesmo sem ninguém
Co’a força da paixão ora nascida
Tu és o grande amor da minha vida
CONJUGANDO O VERBO AMAR
Procuro um grande amor mas diferente
De todos os amores que um dia tive
Que esteja sempre, sempre em mim presente
Mas possa pelo mundo voar livre
Alguém que veja dentro dos meus olhos
O belo, como uma flor do seu jardim,
Descubra que no meio dos abrolhos
Ainda existe amor dentro de mim
E veja nestes meus tão frágeis braços
A fonte do amor, de mil abraços
Sentidos numa noite de luar
E juntos neste amor, nesta paixão,
Pudesse ouvir-se o nosso coração
Gritando, conjugando o verbo amar
SE FOSSE UM ROUXINOL
Ai quem me dera ser um rouxinol
Daqueles que se ouvem nos silvados
Para te ver sonhar ao arrebol
Ouvindo num enleio os meus trinados
Com eles poderia te alegrar
Como se foras tu simples criança
Que teima e não desiste de sonhar
E ter na vida um sonho, uma esperança
E então seria o teu fiel corsário
Que para ti, rainha, no mar rouba
Fazendo desse amor o meu fadário
E abraçaria assim a minha sina
Com tanta convicção como se louva
Ao Deus do céu, por nosso amor, menina!
SE FOSSE UM DISCO VOADOR
Se um dia a minha alma esvoaçasse
Como se fosse um disco voador
Talvez nos altos céus eu encontrasse
A forma de cantar versos de amor
Desses poemas feitos verso a verso
Com métrica certinha, bela rima,
Gritar bem alto a todo o universo
Que tu és para mim uma obra-prima
E então, diria à natureza inteira
Que descobrimos nesse espaço infindo
O sol, a lua, o mar, o pão na eira
Depois, feliz, contigo, viveria
Aquilo que no sonho há de mais lindo
E para além da vida amar-te-ia